La música tiene un sonido para cada momento. Se deja usar, se deja llevar, se hace cómplice y confidente, se hace luna, se vuelve sol. La música es siempre buena, no hay música mala sino músicos imperfectos. Puedes tener canciones preferidas para cada rincón de tu vida, para cada uno de tus enredos. Puedes tener anclas que te devuelvan la magia en cada desenredo. De eso se trata esto, de cada viaje de ida y cada viaje de regreso.
Hoy encontré esta canción. Aún no sabía lo que decía y, con los ojos húmedos, ya me costaba ver el vídeo. Me huele a muchos lugares que extraño, me suena a abrazos que recuerdo, tiene color de carta antigua, de sueño blanco, de un río en verano, de todo aquello que, como la música, me gusta guardar para cuando flaqueo, para cuando me enredo.
Desenredo
Dori Caymmi / Paulo César Pinheiro
Versión: Boca Livre y Roberta Sá
Por toda terra que passo me espanta tudo que vejo
A morte tece seu fio de vida feita ao avesso
O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego eu me enredo
Nas tranças do teu desejo
O mundo todo marcado à ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo, a morte o fim do novelo
O olhar que assusta anda morto
O olhar que avisa anda aceso
Mas quando eu chego eu me perco
Nas tramas do teu segredo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe
A cera da vela queimando, o homem fazendo seu preço
A morte que a vida anda armando, a vida que a morte anda tendo
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego eu me enrosco
Nas cordas do seu cabelo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe…
son dioses!…Gracias
Esta mujer definitivamente no es de este planeta.Es la evidencia mas cabal de que los angeles existen!